O cão e nós, em jeito do dia do animal

Sabe quem nos acompanha há algum tempo, que a Rosita não é o primeiro cão que temos. A Olivia foi o nosso primeiro cão. Uma teckel traquina, que asneirou, asneirou, asneirou. Uma cadelinha indomável, não partia, nem dobrava. E com muito, muito custo, tivemos que a deixar ir, para uma quinta de um amigo dos meus pais, onde as suas asneirolas não seriam de certo tão graves e notórias como as que eram feitas dentro de casa. Foi uma dor no coração. Creio não ter havido um único dia que não me lembrasse dela. Em que não imaginasse mil espaços vazios onde ela pudesse estar. Chateei quase diariamente o Ricardo, com o meu sofrimento pela ausência de um cão. Até que chegou até nós a Rosita. Uma Retriever cinco estrelas. Que desde os primeiros instantes mostrou ser bastante espertinha e amiga das miúdas. Creio ser uma nova fase. Uma fase em que ter um cão vão ser mais coisas boas que más, como desde sempre deveria ter sido. Mas estava enganada ao pensar que a Rosita iria substituir a Olivia. Um cão não substitui outro. Nem nas nossas casas, nem nos nossos corações.

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