quarta-feira, 23 de maio de 2012

Da maternidade, da paternidade, da cumplicidade

A maternidade e a paternidade não são encaradas por todos da mesma forma, já se sabe. Há mulheres que nunca desejaram serem mães há pais que sempre desejaram constituir familia e terem uma prole digna de uma equipa de onze. Quem me conhece, sabe que sempre desejei ser mãe. Apesar de clinicamente me apresentarem obstáculos para conseguir engravidar, foi com bastante facilidade que conseguimos a MJ. Por diversos motivos, acreditei e desejei que a MJ fosse filha única, no entanto e no entretanto apareceu-nos outro bebé. Com bastante receio e algumas duvidas, em dias e noites que não desejo a ninguém, decidi levar esta gravidez a bom porto. Sabia que ia ser bastante criticada, julgada e comentada pelos demais por todos motivos e mais alguns..."a MJ ainda é tão pequenina...", "...tu não tens emprego","a MJ já é um bebé tão complicado...", "olha que não vai ser fácil". E desde aquelas duas riscas no teste de gravidez, que nada, mas mesmo nada tem sido fácil. A única coisa com que pude e posso contar é com o apoio incondicional dos meus pais, que desde o inicio me apoiaram, sem me passarem a mão pela cabeça e me ajudaram a encontrar o melhor percurso para o caminho que decidi escolher. Se não fossem eles não tenho duvidas que me sentiria muito sozinha.
O papel do marido, ou do namorado, é de extrema importância na nossa vida, ainda para mais com as constantes alterações hormonais, que fazem parte constante da gravidez. Seria no entanto injusto exigir de quem está connosco a mesma vontade de gerar e criar um filho. Todos somos diferentes como individuos e  consequentemente todos temos diferentes objectivos e vontades para a nossa vida. 
 Li na ultima Pais&Filhos, uma pequena reportagem sobre mães "famosas", onde relatavam as suas vivências enquanto grávidas e mães, e onde podemos ler sobre esse comportamento de mãe e pai. Uma que me derreteu particularmente foi a da Ana Galvão, onde diz que quando descobriu que estava grávida teve um ataque de pânico! A Ana diz "Por muito que desejes ser mãe,sentes sempre um abanão e pensa: nunca mais vai ser como era. De repente tudo aquilo que era para ti a realidade deixa de o ser" so true so true. Adorei a forma como fala do marido, Nuno Markl, e creio que de certa forma todas desejariamos sentir tanta cumplicidade, "quando me subiu o leite, o Nuno (Markl) dava-me o almoço na casa de banho, enquanto eu punha toalhas quentes e frias no peito. E ele dizia: isto é tão romântico! ... " Melhor para mim, é impossivel!

1 comentário:

  1. Gostei tanto, mas tanto do seu texto! Parabéns...também eu senti isso tantas vezes. Tenho cinco! E de todos o mesmo ataque de pânico; quando chegam aos nossos braços são a razão de ser da nossa vida, a unica, tantas vezes. Parabéns!

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